Review: Persona 3 The Movie - #1 Spring of Birth

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Visito muitos blogs com recomendações de mangás e animes. Muitas vezes, me interesso, digo que vou ver, coloco na lista de espera e sequer lembro que a obra existe. Outras vezes, baixo e começo a assistir ou ler antes mesmo de comentar no diário virtual do ser. Não existem motivos para um comportamento ou outro e sempre me surpreendo com minhas escolhas.

Assim como Strobe Edge, que comecei a ler assim que conferi a resenha da Narumi, baixei Persona 3 no mesmo dia que li o post da Kitsune com o intuito de assisti-lo na minha própria 25ª hora (explicações depois): o espaço entre o turno vespertino e o noturno na faculdade.

Lançado em 23 de novembro de 2013, Persona 3: Spring of Birth é o primeiro filme de uma trilogia baseada no jogo Shin Megami Tensei: Persona 3 e, assim como Dangan Ronpa – The Animation, será resenhado como uma obra a parte do mundo dos games nesse bloguinho.
Criaturas terríveis conhecidas como Sombras se escondem na escuridão durante os momentos que separam um dia de outro: a 25ª hora, que só pode ser sentida e, de fato, vivida por pessoas especiais. Um grupo de defensores da humanidade disfarçado de clube escolar arrisca sua vida todos os dias para descobrir os segredos da Dark Hour.

O começo é bem confuso. É como se o telespectador fosse obrigado a ter alguma informação de antemão para compreender o que está acontecendo e isso é bem ruim porque, em minha opinião, filmes baseados em games ou livros devem falar por si só e servir como ferramenta para atrair novos fãs, e não agradar ou se fazer entender apenas por quem já é familiarizado com o material original.

Confesso que, mesmo lendo a resenha que já explicava alguma coisa do enredo, passei 30 ou 40 minutos assim:


O longa-metragem nos traz Makoto Yuuki – um órfão que vive sendo empurrado de um parente para outro e muda de escola com igual frequência – chegando ao seu novo dormitório durante a 25ª hora, em razão do atraso dos trens (coisa boba... Alguém cometeu suicídio por lá, mas ninguém liga).

Makoto é o típico kuudere e, embora muitos personagens semelhantes estejam entre meus favoritos (Riza Hawkeye ), quando um kuudere é colocado como personagem principal de algo, é hit-or-miss.

Falta de emoções e excepcionalidade em algo sem fazer esforço (ainda que seja apenas aparentemente) não são as qualidades mais indicadas para um personagem que centraliza uma história. Um exemplo perfeito é Haruka Nanase de Free!, que é menos interessante que quase todos ao seu redor.
Makoto entra no clube para pessoas especiais defensoras da “humanidade” (que se resume à cidade deles, ou melhor, à escola) e usa seu persona, que é a máscara que ele mostra para todos ao seu redor e que ajuda a superar as dificuldades da vida, pela primeira vez.

É possível invocar seu persona atirando na própria cabeça com uma arma especial durante a 25ª hora, porém, é recomendado que não abuse do mesmo, pois o cansaço físico e mental causado pelo uso de poderes durante as batalhas pode destruir sua mente.
Se tivesse lutado mais, só teria acordado na próxima vida.
A primeira aparição de um persona foi ao melhor estilo mahou shoujo: Makoto apenas viu sua colega de classe tremendo tentando atirar na cabeça. Ela falha e ele pega a arma para fazer o que ela iria fazer, já com a palavra “persona” na ponta da língua. Como ele soube que não iria morrer se fizesse aquilo ou como sabia da existência dos personas jamais foi explicado ou sequer questionado.
O filme não tem muita história e pode ser resumido a “alunos especiais lutando contra Sombras durante a 25ª hora”. Qualquer outra informação pode ser considerada spoiler porque, sendo sincera, não há muito a ser dito sobre o enredo.


THAT'S IT. THAT'S THE MOVIE.
O character design não é ruim, mas me incomodei com tantos alunos parecendo ter trinta anos. Pensei que a maioria era professor até ouvir uma das alunas referindo-se a eles utilizando o honorífico “senpai”. Gente?
Esse cara parece mais velho que o Leorio, mesmo sendo mais novo (e o Leorio já parece velho...).
Por outro lado, a animação é ótima. Se você não gostar da história, mas for apaixonado por desenho animado com fluidez e beleza, vai continuar assistindo apenas pelo eye candy que é este filme (embora tenha CG aqui e ali).

A OST (que, pelo que li, é parcialmente reciclada do jogo) não é das piores, mas é mal utilizada. Em certos momentos, tive a impressão que alguém no estúdio gritou “CENA DE LUTA! TROCA O CD!” de tão abruptas que eram as transições de uma melodia para outra.
Até agora, não sei dizer se gostei ou não do filme, pois não senti que assisti algo completo e, como disse anteriormente, considero isso um ponto negativo, afinal, existem muitas sagas por aí que não passam essa impressão.

Nota: 5,5

Enfim, de forma extremamente expositiva, Spring of Birth é apenas uma introdução de Midsummer Knight’s Dream, o segundo filme que, com sorte, assistirei essa semana.

 
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