Review: Strobe Edge


Olá, gente!

Perdoem-me pela falta de novos posts, mas tive que resolver problemas em relação a minha faculdade e servir de babá/assistente de mãe-de-primeira-viagem nos últimos dias e foi bem chato e cansativo, então quero esquecer, haha.

Antes de iniciar a review, gostaria de avisá-los que criei uma página listando todos os otome games grátis para celular que jogo ou joguei juntamente aos meus invitation codes, porque sou dessas. Para acessá-la, basta clicar aqui. Obrigada pela atenção. Voltando à programação normal.

Hoje, falarei de Strobe Edge, um mangá shoujo que li e o primeiro que gostei em muito tempo, apesar de eu não ser exatamente uma referência. Eis a sinopse:

Totalmente sem experiência no amor, a vibrante Ninako é curiosa em relação ao significado da palavra “amor” e o que é ter esse sentimento dentro de si. Uma vasta gama de sensações e descobertas lhe atingem quando ela se aproxima de Ren, o galã da escola, que está há muito tempo namorando alguém. Ninako se confessa, mesmo sabendo que teria seus sentimentos rejeitados e se prepara para continuar com seu amor unilateral. No entanto, seria mesmo este um amor não correspondido ou há algo escondido dentro de Ren? Talvez Ninako tenha plantado uma semente em um lugar onde Ren não é capaz de arrancar.



Nome: Strobe Edge
Nome original: ストロボ・エッジ
Autora: Io Sakisaka
Volumes: 10
Capítulos: 42
Data de publicação: julho de 2007 ~ 13 de agosto de 2010.
Curiosidades: da mesma autora de Ao Haru Ride.



Decidi ler esse mangá quando li o post da Narumi recomendando. Normalmente, não assisto ou leio recomendações tão rápido, mas as coloco em uma lista para apreciá-las em momentos oportunos. Não sei bem o que me deu naquele dia, mas eu simplesmente cliquei no link que levava à tradução do mangá em português.

O traço da autora é bem mais agradável que o de Boku no Hatsukoi wo Kimi ni Sasagu e não consegui achar os olhos da Ninako tão grandes porque os da Mayu ainda me assombram. No começo, os backgrounds não são muito trabalhados e até os personagens parecem carecer de polimento em alguns quadros, mas depois a coisa melhora um pouco (ou eu me acostumei).

Infelizmente, havia vários capítulos e páginas com ordem invertida na tradução a qual estava lendo e alguns momentos não foram tão impactantes ou esclarecidos na hora certa como seriam se eu houvesse os lido na sequência correta. Como isso aconteceu várias vezes, desisti dela e recorri às traduções em inglês.

Devo confessar que, nos primeiros capítulos, pensei em abandonar a leitura por causa da personagem principal que, sendo brutalmente honesta, é extremamente... Bem, me falta palavras para descrevê-la, já que é difícil encontrar garotas tão burras – porque “ingenuidade” não define o que vi – quanto ela. Ninako é simples e dolorosamente: PALERMA.

A autora tenta nos apresentar uma menina inocente, que nunca conheceu o amor nos mostrando uma garota idiota o suficiente para comprar maçãs azedas só porque o vendedor disse que estavam doces... Gente, era o vendedor. O que ela esperava que ele dissesse?

Ainda seguindo essa linha de raciocínio – porque as experiências anteriores adotando cegamente as opiniões alheias deram super certo! –, ela acredita estar apaixonada por Daiki Korenaga, seu melhor amigo, porque suas amigas disseram que ela estava. Isso mesmo. É claro que ele é apaixonado por ela há milênios, mas não tem coragem de se declarar.

fanart da protagonista
Depois de um tempo, ela percebe que ama Daiki apenas como um amigo e se apaixona por um dos rapazes mais populares da escola, Ren Ichinose, um típico kuudere, só para descobrir que ele namora uma garota há anos. E não é qualquer garota, mas a irmã mais velha de Daiki, Mayuka Korenaga, uma linda modelo em ascensão.


É claro que o clichê não estaria completo se não surgisse um grande amigo de Ren para se apaixonar por Ninako! É aí que entra Takumi Andou que, não satisfeito em perder seu primeiro amor para Ren (ainda que os sentimentos dela tenham sido rejeitados, pois ele já namorava Mayuka), parece querer perder o segundo também. Nem preciso dizer que os sentimentos de Ninako, em nenhum momento, vacilaram. Alguns colecionam selos, outros colecionam corações partidos e a sensação de derrota, como Andou.

Não é necessário se preocupar com um pseudo-harém reverso porque, logo nos primeiros capítulos, Daiki recebe uma confissão e, aos poucos, se apaixona pela garota, que é uma das melhores amigas de Ninako.


Ritsuko e Gacchan
Por falar nisso, os amigos dos protagonistas são um dos pontos altos da obra. Todos têm personalidade e aparência distinguíveis e são muito mais que um alívio cômico para o drama de Ninako e Ren. Alguns têm dramas maiores do que aparentam e a autora nos presenteia com extras* que permitem ao leitor conhecê-los melhor.

Meu capítulo favorito é, inclusive, um dos extras que conta a história de Gacchan, amigo de Ren que vive tentando fazê-lo ficar com Ninako, e Ritsuko, sua senpai linda, popular e que não dava a mínima para ele porque o rapaz não fazia seu tipo. O li umas sete vezes e em duas traduções diferentes (me senti enganada com os diálogos totalmente diferentes).

A história em si não é nada que você já não tenha visto em materiais voltados para o público shoujo, mas a forma como as coisas acontecem são envolventes e é fácil se apegar a mais de um personagem. Não existe vilão ou vilã, apenas adolescentes que se apaixonam, tramitam entre caminhos certos e errados, mas sempre buscando a felicidade, seja ao lado da pessoa que amam ou valorizando as demais áreas da vida.

É interessante vê-los cometendo erros que lhes tiraram algo precioso e se esforçando para fazer diferente ou, ao menos, tentar entender o que fizeram de errado. Sayuri, que começa a namorar Daiki um pouco depois de se confessar para o mesmo, e Yuu, ex-namorado da mesma e amigo de Ren, são os melhores exemplos disso.


Também gostei de o casal não estar apaixonado desde o primeiro momento, mas ver as coisas nascendo, crescendo e, muitas vezes, sendo reprimidas ao ponto de causar dor a todos os envolvidos.

Apesar de vários casais adolescentes namorarem tanto tempo seja algo meio irreal para mim, a personalidade dos personagens e muitas situações são bem críveis, como Andou não contando certas coisas para Ren mesmo sendo amigo do mesmo, porque tais informações o fariam ficar com Ninako. Em muitas outras obras, ele contaria, porque seu coração é tão nobre que faz seu rosto brilhar ou tal atitude seria retratada como sendo totalmente maligna.

O final é o esperado de um romance, sem grandes reviravoltas, mas, depois das várias situações passadas pelos três protagonistas, o leitor dá um suspiro de alívio e outro de lamento pelo que ficou sozinho.

Mesmo com os vários clichês reunidos, a leitura é agradável pela leveza com que as coisas fluem e o desenvolvimento visível de todos os personagens relevantes. Até a pamonha da Ninako floresce e se torna uma garota normal! Após adquirir inteligência superior a de um trasgo, ela só me irritou uma vez e isso é bem raro com heroínas de shoujo.


Na boa, quem abraça desse jeito? Sou um pouco mais alta que a Ninako, então tenho experiência em abraçar gente maior que eu e, uma dica: YOU'RE DOING IT WROOOOOOONG

É claro que as coincidências irritam em certos momentos porque, mesmo sendo uma cidade pequena, acho desnecessário o tanto de gente com algum envolvimento no passado do outro, mas, se ignorar isso, é possível aproveitar o mangá como uma leitura leve e sem compromisso.



Antes de me despedir, gostaria de dividir o trailer do live action que será lançado em março desse ano, graças ao sucesso de Ao Haru Ride, que também atraiu atenção para o trabalho anterior da autora. Confiram:


Como em toda adaptação de mangá para filme, várias situações foram cortadas e aparentemente alguns personagens perderam a relevância para os três protagonistas ganharem o desenvolvimento merecido em poucas horas, mas não parece estar ruim. De uma forma ou de outra, só podemos esperar.
Até o próximo post!

*Em minha opinião, quatro dos seis extras são necessários para conhecer melhor alguns personagens. Os dois que não o são se tratam de um que desnecessariamente mostra os estudantes conferindo a lista de aprovados para a escola na qual estudam o mangá inteiro (meh) e outro que é uma história totalmente à parte ().
 
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